Comandos Elétricos
Tome cuidado com a Eletricidade, esta não tem piedade,
Contrate Profissionais da Área
Uso indispensável de EPI's
Apresentação
Introdução à Comandos Elétricos - Unidade I
- Proteção – que tem a função de proteger o circuito contra anomalias;
- Distribuição e Condutores
- Dispositivos de controle – que controla o funcionamento do circuito;
- Dispositivos de acionamento – o que faz com que o circuito entre em regime de serviço, ou altera o estado do mesmo;
- Componentes auxiliares e Sensores – que manipulam equipamentos (ou maquinas)
- Documentação
- Manutenções
Proteção
Proteção contra curto circuito
Fusíveis
Símbolo:
Os Fúsiveis tem a funçao de proteger o circuito contra curto. Quando o mesmo atua, no momento de uma falha, o elo dele se abre (derrete) desligando o circuito. Para religa-lo, é necessario realizar a troca do componente.
Aquecimento gerado por sobrecarga
Disjuntores Termomagneticos (DTM)
Símbolo:
Os DTM's também tem a função de proteger circuitos como o fusivel, contra curto circuito. Mas além disso, ele protege também contra sobrecarga de longa duração. O disjuntor é um dispositivo de manobra, que quando atua (desliga o circuito por algum erro), é possivel rearma-lo, sem ter que substitui-lo como os fusiveis.
Caracteristicas e Funcionamento
Possui:
Terminais com parafusos para fixar o condutor (um de entrada e um de saída para cada fase);
Interruptor para realizar manobra;
eletroimã, para desarmar por curto circuito
Bimetal, para desarmarmar por sobrecarga
Basicamente, o DTM funciona da seguinte forma:
- Disparador BIMETALICO - Quando há uma sobrecarga de longa duração (uma corrente superior à que o circuito foi projetada) o bimetal (composto por dois ou mais metais trefilados com coeficientes de dilatação diferentes) aquece em função do aquecimento dos condutores, deformando-o, e assim disparando um contato que desliga o circuito:
- Disparador MAGNÉTICO - Na presença de um curto-circuito, forma-se um campo eletromagnético no disjuntor, posto que o disparador magnético atua sobre efeito de campo, atraindo um contato, que desativa o circuito.
Os DTM's possuem uma curva tempo de disparo, que é o tempo que o disjuntor demora para desarmar por sobrecarga. Esta deve ser calculada.
PARA MAIS INFORMAÇOES, BAIXE A APOSTILA DE DISJUNTORES EM APOSTILAS
Disuntor Motor (DM - Maguinético)
Parecido com o DTM, o DM atua apenas sob curto-circuito. Próprio para proteção de motores, o DM, ja vem com uma curva-tempo-disparo de aprox. 10-14x sua corrente nominal.
Fuga de corrente
Interruptor Diferencial Residual
Símbolo:
O Interrupetor Diferencial Residual (DR ou IDR) consiste em proteger o circuiito contra fuga de corrente, choque eletrico ou incêndio. funciona da seguinte maneira:
Todo o circuito eletrico, a corrente que entra, é igual á que sai, mas no sentido oposto, ou seja, a soma vetorial das correntes se anulam. No entanto, quando há uma fuga de corrente para o terra, esta não volta pelo outro potencial do circuito.
No caso, a soma vetorial resulta em um valor, que será induzido uma tensão no eletroimã, que desliga o circuito. Para religar o circuito, é necessario localizar o defeito, corrigir e rearmar o DR.
Existem no mercado dois tipos de DR:
Bipolar/Tetrapolar
Sua ligação é simples, o DR é ligado após o DTM e em série.
Além do DR (ou IDR) existe o Disjuntor Diferencial Residual (DDR) que tem proteção contra curto-circuito, sobrecarga de longa duração e fuga de corrente. Não é muito viavel adiquiri-lo pela grande diferença de preço, sai mais barato comprar um DR e um DTM separados.
Dispositovos de Proteção contra Surtos Atmosfericos - DPS
O DPS protege o circuito contra anomalias externas, como descargas atmosféricas (Raios)
Os Dispositivos de Proteção contra surtos, são capazes de evitar qualquer tipo de dano aos equipamentos ligados aos circuitos, descarregando para a terra os pulsos de alta-tensão causados pelos raios.
Quando esse pulso de alta tensão é longo, ou seja, por um tempo maior que um raio, por exemplo, o dps "causa" um curto circuito, ligando a faze (afetada) diretamente no terra, contudo, o dispositivo de proteção QG é acionado, desativando o circuito.
Distribuição e Condutores
Normalmente, a distribuição da alimentação em um painel, é feita após uma proteção geral (DG - Disjuntor Geral por Ex.)
Saindo da proteção principal, a energia pode ser distribuida através de barramento e condutores ou apenas por condutores. No caso do barramento, é utilizado normalmente quando há muitos componentes, ou a potencia total do painel é de serta forma alta.
Barramento
Barramento apenas para o terra e neutro
Dispositivo de Cotrole
Sua Função é a de controlar o funcionamento do circuito, e proteção.
- Temporizadores
- Falta de fase
- Relé Térmico
- Sequencia de fase
- Termostato
Temporizadores
- Retardo na energização: Após o relé ser alimentado, conta-se um tempo (T) pré determinado. Decorrido este periodo, altera-se o estado de seus contatos, que permacerão alterados até a desenergização do relé.
- Pulso na energização: Após o relé ser alimentado, altera-se o estado de seus contatos, que permacerão alterados por um tempo (T) pré determinado.
- Retardo na desenergização: Após o relé ser alimentado, altera-se o estado de seus contatos, e ligando o terminal de comando, após o desligamento do mesmo, conta-se um tempo (T) e os cotatos voltam a posição inicial
- Ciclico: após o relé ser alimentado, os contatos de saída são altrados ciclicamente, ou seja, define-se dois tempos no relé. O primeiro tempo (Ton), determina o periodo que os contatos ficaram acionados. O segundo tempo (Toff) determina-se o periodo em que os contatos permaneceram no seu estado inicial. Passado esse tempo, muda-se novamente o estado de seus contatos, que permaneceram até o relé ser desenergizado.
- Estrela-Triangulo: Possui duas saídas, a saída Y e a ▲ (estrela e triangulo). no momento da alimentação do relé, aciona-se a saída Y. conta-se um tempo pré determinado, desliga Y, conta um outro tempo (determinado pelo fabricante) de aprox. 50ms e aciona a saída ▲. este ficara ativo até o rele ser desenergizado.
Para mais informações sobre temporizadores, baixe a apostila de Relés Temporizadores RTW da WEG em APOSTILAS
Relé Falta de Fase
Dispositivo utilizado em circuitos trifasicos (normalmente para motores) com intuito de evitar o funcionamento do circuito com menos de 3 fases.
O relé só "deixa" acionar C1, se tiver as 3 fases ativas. observe que seu contato aberto esta em série com a bobina do contator C1.
Relé Térmico
O relé térmico tem como objetivo, proteger o nosso circuito contra sobrecarga de longa duração, Funciona parecido com o DTM, mas sem a proteção magnética, esta será protegida por um disjuntor motor.
A presença deste dispositivo é importantíssima, assim como o disjuntor magnético, para fins de proteção, evitando principalmente incendios.
O relé vai acoplado a uma base ou no proprio dispositivo de comando (contator)
A sua corrente nominal pode ser ajustada de acordo com a carga instalada.
Sequencia de fase
ATENÇÃO
Os Dispositivos de proteção e controle aqui citados, deverão ser instalados e progetados corretamente, com muita atenção, e deverá ser analizado e aprovado por um profissional da area elétrica, qualquer erro poderá ser fatal, correndo risco de incêndio.
Dispositivos de acionamento
Estes dispositivos tem a função de ligar, alimentar, comandar os circuitos de comandos elétricos, e tambem realizar a interface Homem-Máquina, através de reles, inversores, contatores... de forma a proteger não só o equipamento, mas também á pessoa que trabalha com o mesmo.
Alguns dispositivos de acionamento:
- Contatores
- Relés
- SSR/Relés de estado sólido
- Soft Starter
- Inversores
Contatores
Este tem a função de alimentar uma carga ou realizar o comando, ou até mesmo os dois ao mesmo tempo.
Caracteristicas/Funcionamento
Os contatores são formados basicamente por uma chave eletromagnética e um jogo de contatos, que levão os nomes de Contatos de Potencia e Contatos Auxiliares, que são usados respectivamente para alimentar a carga (equipamento) e alimentar o comando.
A bobina do contator é alimentada com uma carga (127/220Vac-12/24/48Vcc entre outras) que vem da proteção (fusivel, Disjuntor) e passa por um dispositovo de controle, relé, botoeira, ect.
Após a bobina ser alimentada, o campo eletromagnético gerado pelo núcleo do enrolamento, atraí o acoplamento, que faz o comutamento do estado dos contatos, ou seja, aqueles que estavão abertos se fecham, e os que estavam fechados se abrem.
Relés de Estado Sólido (SSR)
Soft Starter - Fonte: Wikipédia
Soft-Starter é um dispositivo eletrônico composto de pontes de tiristores (SCRs na configuração antiparalelo) acionadas por uma placa eletrônica, a fim de controlar a tensão de partida de motores de corrente alternada trifásicos. Seu uso é comum em bombas centrífugas, ventiladores e motores de elevada potência cuja aplicação não exija a variação de velocidade.
A soft-starter controla a tensão sobre o motor através do circuito de potência , constituído por seis SCRs, variando o ângulo de disparo dos mesmos e consequentemente variando a tensão eficaz aplicada ao motor. Assim, pode-se controlar a corrente de partida do motor, proporcionando uma "partida suave" (soft start em inglês), de forma a não provocar quedas de tensão elétrica bruscas na rede de alimentação, como ocorre em partidas diretas.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Soft-starter
Inversores de Frequencia
Dispositivo eletronico que exerce função de manipular equipamentos (motores trifásicos tensão alternada), para obter uma partida segura no motor, como o soft starter, a diferença é que o inversor tem controle total sobre o motor, podendo controlar a velocidade, rampa de aceleração, frenagem, e torque, quando utilizado um inversor vetorial.
Tipos de inversores:
- Escalar
- Vetorial
Escalar
Em um inversor escalar (mais comum) você varia a velocidade do motor utilizando a lei tensão/freqüência (V/F) constante. A velocidade do motor é proporcional a V/F e o inversor irá proporcionar ao motor conjugados (torque) pré-determinados mas não irá compensar por necessidades de conjugados especiais, principalmente em velocidades baixas.
Vetorial
Nos controles vetoriais de tensão a tensão no motor é calculada pelo programa do inversor e compensa em parte os conjugados no rotor.
Funcionamento
Componentes/Acessórios Auxiliares
- Botoeiras
- Chave Fim de Curso
- Seletoras
- Bornes de passagem
- Canaletas
- Quadros
- Terminais
- PG ou Prença Cabos
- Anilhamento
Botoeiras
Chaves de comando manual com finalidade de interromper ou estabelecer o funcionamento do circuito por meio de pulsos. Podem ser montadas em paineis ou em caixas para sobreposição. Veja a ilustração:
As botoeiras podem ser montadas com diversos botões agrupados em nos paineis ou caixas e cada botão pode acionar diversos contatos NA (normalmente aberto) e NF (normalmente fechado)
Chave fim de curso
Sua principal utilidade é manipular equipamentos. Sua construção é simples, possui um jogo de contatos (NA/NF) que são acionados quando algum objeto atinge a alavanca mecanica, que pode ser da seguinte forma:
Estas chaves podem ser substituidas por sensores, que são mais precisos e a durabilidade é maior pelo fato de serem dispositivos eletronicos, e não mecanicos.
Seletoras
Função: Selecionar circuito a ser acionado.
Possui um contato comum, que é direcionado a outro contato, desligando aquele que estava ativo.
Bornes de passagem
Componentes auxiliares que tem basicamente a função de interligar o que está fora do painel (botoeiras, sensores, alimentação, equipamentos, etc.) com o que esta dentro dele (comando em sí, proteção, etc.)
Canaletas
As canaletas são responsáveis pelo acondicionamento dos condútores do painel, incorporando estética e até mesmo facilitando a manutenção e limpeza do mesmo.
Quadros
Os quadros protegem o painel elétrico como também evita que se ocorra acidentes, como choque elétrico ou dano aos componentes e condutores.
Exemplo de quadro:
Teminais
Existem no mercado consumista os mais diversos e variados tipos de terminais, cada um com um determinado meio de utilização.
veja alguns deles:
Os terminais são indispensáveis em circuitos de comandos, por aumentar a estética do painél, e principalmente a resistencia mecânica dos condutores nos contatos fixos dos componentes, evitando mal contato, e consequentimente, aquecimento. Para evitar problemas, os terminais devem ser escolhidos corretamete, de acordo com a utilização, e devem estar crimpados corretamente com equipamento apropriado:
Alicate de crimpar.
Existem farios tipos de alicate de crimpar, ele amaça o terminal corretamente, de modo a não deixar o condutor se soltar, e evita mal contato.
PG ou Prença Cabos
Também conhecido como PG, os prensa cabos são essenciais para a proteção interna de um painel, seja ele de comando, potencia, proteção, etc. E tambem prevalesce a estética do mesmo.
Anilhamento
Identifica e organiza os condutores em seus circuitos, facilitando a montagem e manutenção dos painéis.
Sensores
Sensor é um componente eletronico capaz de detectar certo tipo de material.
Tipos de sensores:
Sensores de Proximidade:
- Indutivo
- Capacitivo
- Ótico
O sensor de proximidade é uma chave eletronica semalhante a uma chave fim de curso macanica, com a vantagem de não possuir nem contatos nem atuadores mecanicos. Esses sensores são precisos no acionamento, e possuem comutação estática.
Outros sensores
- Pickup
- Magnético
- Fotodiodo/fototransistor
Sensor Indutivo
Os sensores indutivos realizam a comutação dos seus contatos, diante da aproximação de um objeto metálico.
Sensor Capacitivo
Os sensores capacitivos realizam a comutação de seus contatos diante da aproximação de qualquer objeto.
Sensor Ótico
Os sensores óticos são fabricados tendo como princípio de funcionamento a emissão e recepção de irradiação infravermelha modulada.
Simbologia
Diagramas
O projeto de um diagrma é essencial para a montagem dos circuitos, auxilando o eletricista corretamente. A atenção é indispensável durante o projeto do diagrama de comando e potência, garantindo assim a segurança na prática.
Diagrama de Comando
Parte elétrica do circuito responsável pelo acionamento e desligamento de um ou mais componentes
Exemplo de diagrama de comando:
Partida Direta
Os contatos de acionamento são identificados por números, sendo 1 e 2 para contatos normalmente fechados, e 3 e 4 para contatos normalmente abertos. O primeiro algarismo identifica o número do contato, por exemploi:
contato 13 14: contato número 1, normalmente aberto
As indicações superiores e laterais esquerda (1, 2, 3... e A, B, C...) informam a localização dos contatos na cruzeta (C5, indicando o contato de K1, normalmente aberto - NA - como mostra na figura acima).
F21/F22 protegem o circuito de comando contra anomalias, como curtu-circuito. F7 é um contato NF do relé térmico, que desliga o comando se o motor aquecer demais (corrente de sobrecarga). S0 e S1 são as botoeiras para desligar e acionar o comando, respectivamente. K1, representada por um retangulo, é a bobina do contator 1. K1, localizado em C5, é um contato auxiliar do contator K1, este fará com que o comando permaneça ligado, mesmo quando o operador aliviar (soltar) a botooeira S1, ou seja, quando o operador prescionar S1, K1 liga, alterando o estado dos seus contatos, inclusive K1, 13 14. Com este fechado, note que K1 está em paralelo com S1, neste caso, estando fechado, S1 poderá estar tanto aberto como fechado, que K1 continuará ligado.
Este é um comando simples, que pode acionar um motor trifásico em partida direta.
Diagrama de Potencia
Parte elétrica responsavel por alimentar a carga, objetivo do circuito.
Diagrama de Potencia do Comando acima:
No momento em que o circuito de comando e de potencia serem alimentados e S1 acionado, K1 altera o estado de seus contatos, alimentando M1 (motor Trifásico - 3 ~) acionando-o em partida direta.